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A importância dos padrões web para a acessibilidade de sites

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Postado em: Fábrica de Software
30/11/2015

Fonte: Acessibilidade Legal

Atualmente ouve-se falar muito em padrões web e acessibilidade entre os desenvolvedores de sites. Entretanto, o entendimento que cada um traz desses conceitos é diverso e muitas vezes indefinido. Nós, da Axysweb desenvolvemos sites personalizados, com padrões de acessibilidade, pensando no seu público-alvo. Mas, você já parou para pensar o que são esses padrões?


Os Padrões web sempre estão associados ao código da página web e às recomendações do W3C especificadas para ele. Para podermos desenvolver um site genuinamente de boa qualidade e preparado para receber o extra de acessibilidade, os padrões desenvolvidos em seu código devem abranger os seguintes itens:

  • Código html/xhtml e CSS válidos;
  • Separação em camadas: conteúdo, apresentação e comportamento.
  • Código (X)HTML semântico.
     

Para demonstrar a importância desses itens dos padrões web para a acessibilidade de sites, temos de especificar para quem seja acessibilidade web:
pessoas cegas, pessoas com deficiência e a acessibilidade Universal – uma web para todos. E, como fazer isso?

Códigos corretos e validados

A primeira coisa que criadores web buscam quando falam em Web Standards é que o código do site deve ser válido. Para a maioria das pessoas isto significa apenas validar o código HTML/XHTML, mas existem ferramentas que validam também as CSS.

Basicamente, ter um código (X)HTML válido significa que o código da página Web está escrito de acordo com o padrão, sem erros de sintax. Como é o código da página que vai determinar como sua página será renderizada, em que tempo e maneira isso irá acontecer nos diferentes navegadores e com que qualidade, estando seu código válido, você não precisa se preocupar com os diferentes erros de interpretação dos diferentes navegadores e tecnologias assistivas, e assegurar uma maneira uniforme de utilização por todos eles.

Com relação ao código das CSS, apesar de haver diferenças de renderização entre navegadores e suas versões e sermos obrigados a testar para tentar conciliar as diferenças entre eles, estamos começando a passar por uma tendência a uma renderização bem aproximada após o fracasso do navegador Internet Explorer 6.0, que acabou por perder muito mercado para o concorrente Firefox, da Mozilla.

Códigos válidos significam também rapidez de interpretação desses códigos para todos os agentes do usuário, sejam navegadores ou tecnologias assistivas. Assim, conexões lentas, discadas ou conexões divididas por inúmeros usuários em rede, tecnologias assistivas, como ampliadores de tela, que navegam associados muitas vezes a leitores de tela e possuem um peso que acabam por aumentar o tempo de navegação, começam, através de códigos corretos, a possuírem um tempo de download das páginas web mais adequados.

Acessibilidade e Padrões, Padrões e Acessibilidade

A demonstração da importância crucial dos padrões web do W3C para a acessibilidade de tecnologias assistivas, para tecnologias não assistivas, para pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência, passa pela experiência do uso desses padrões. Não podemos pensar, no entanto, que desenvolvendo um site totalmente dentro dos padrões web (web standards) estaremos produzindo páginas totalmente acessíveis.

Os padrões web, com todos os seus itens, são o básico para uma página web acessível, mas não o todo. Para uma acessibilidade web integral temos de acrescentar aos padrões web as técnicas de acessibilidade associadas ao WCAG e suas recomendações. Não temos também como criar páginas acessíveis apenas com algumas recomendações dos WCAG em um código com semântica incorreta, sem separação de camadas e cheio de erros de sintax. O casamento entre padrões web e diretrizes de acessibilidade tem de ser completo.

Por exemplo. Alguns desenvolvedores radicais de tableless não admitem tabelas nem mesmo para a confecção de tabelas de dados genuínas. Dessa forma, alguns desses colegas optam por criarem tabelas com listas (ul/li) horizontais e verticais, deixando-as visualmente iguais a uma tabela de dados. No entanto, em um código semântico, tabelas devem ser criadas com o elemento <table>, o que proporcionaria à usuários de leitores de tela a ideia correta de que estão passando por uma tabela, por dados tabulares, pois ao navegar por uma lista de itens em forma de tabela, um leitor gráfico sintetizaria “lista de itens” e “item de nível 1”, e não “tabela com 10 colunas e 20 linhas, por exemplo. Por outro lado, nesse caso, uma tabela semanticamente correta e dentro dos padrões, não necessitaria de ser criada com os elementos <TH>, nem de fazermos as associações destes através de <ID> com <headers> da célula de dados correspondente ao cabeçalho. O <ID> e o <HEADERS> são marcações extras de acessibilidade web que, no entanto, sem elas os padrões web poderiam estar sendo perfeitamente seguidos, mas a acessibilidade de tabelas não estaria sendo realizada.

Dessa forma, podemos afirmar que não existe uma acessibilidade completa sem os padrões web conjugados aos padrões de acessibilidade web. Um sem o outro ficam incompletos no que tange à acessibilidade de cunho universal. O W3C tem incorporado através dos códigos strict alguns itens de acessibilidade web as web standards, ao juntar alguns itens das diretrizes do WCAG, como o atributo de imagem ALT em seu validador. Caso o elemento <IMG> apareça sem o seu atributo ALT o código para aquela imagem não é dado como certo. Já nos códigos transitional isso não acontece.

Percebe-se assim, já por iniciativa do W3C, uma junção dos dois padrões em um só que, aos poucos, esperamos muito que aconteça por completo.