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Boas razões para investir em mobile

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Postado em: Geral
26/10/2015

Fonte: PortalImasters.

No início de tudo, Tim Berners-Lee já afirmava: “O primeiro princípio de design fundamental a utilidade e crescimento da Web é a universalidade… Deve ser acessível a partir de qualquer tipo de hardware que se conecte a internet: tela fixa ou móvel, pequena ou grande”.

Hoje, existe em média cinco vezes mais telefones celulares no mundo do que PCs. Diariamente, nós olhamos para os nossos celulares cerca de 150 vezes, e é um dos poucos objetos que é tão pessoal que até possui senha.

Porém, a grande maioria do mercado continua desenvolvendo suas interfaces para desktop, e deixando de lado aquele que é o principal dispositivo de acesso à internet da maioria da população.

Os smartphones – em especial aqueles com sistema Android – é que são os grandes e verdadeiros responsáveis pela inclusão digital da população. Muita gente acessou a internet pela primeira vez através de um celular, assim como muitas pessoas possuem apenas um celular como meio de acesso à internet.

A interação direta que os usuários têm com os conteúdos elimina as barreiras tecnológicas e diminuem a curva de aprendizado. A interface é física e invisível, isto é, faz com que o usuário se concentre apenas nas suas tarefas e objetivos, e ignore o meio utilizado para isso. As pessoas também sentem muito mais autonomia com um sistema operacional em que não precisam ficar instalando anti-vírus, excluindo arquivos temporários ou desfragmentando o disco.

Os dispositivos móveis já fazem parte do cotidiano das pessoas. A sociedade é cada vez mais dependente e entusiasta desses aparelhos, e esse é um caminho sem volta. Os smartphones como conhecemos podem não ser eternos, mas o desejo por mobilidade é.

Além disso, quase todos os usuários de smartphone utilizam seus aparelhos para buscar informações e tomar decisões durante alguma outra tarefa ou em algum tempo livre. Esses momentos espontâneos de tomada de decisão são o que chamamos de micro-momentos, e são eles que acabam ditando os rumos da jornada do consumidor, a cada ponto de interação com uma marca.

A interação com os smartphones nesses micro-momentos reforça a diferença de contexto de uso entre os computadores e os dispositivos móveis. Enquanto em um desktop o contexto é razoavelmente previsível, com o usuário diante de uma tela grande com atenção elevada, conexão rápida e posição estática, no mundo mobile os diferentes contextos são um pouco mais caóticos, com uma tela pequena e pouca atenção, conexão lenta e posição dinâmica.

Por isso, a necessidade de pesquisas com usuários reais é algo que precede qualquer questão tecnológica. É preciso entender quem é o seu consumidor, quais são as suas motivações e frustrações, suas necessidades e objetivos. Entender de que forma ele interage com o seu smartphone, com qual conexão, em quais momentos e lugares. É preciso analisar métricas, fazer observações, entrevistar pessoas, aplicar testes de usabilidade e mapear as diferentes jornadas do consumidor. Compreender esses contextos de uso é a chave para proporcionar boas experiências para os clientes.

Entre as principais desculpas para deixar de lado a versão mobile de um site, está justamente a dificuldade de adaptar para uma tela de tamanho reduzido a quantidade de elementos e conteúdos encontrados em uma interface desktop. Isso não é exatamente um problema causado pelas limitações do mobile, e sim pelos excessos existentes no desenvolvimento desktop.

Segundo Luke Wroblewski, autor do livro Mobile First, “o excesso de informação em grande parte dos sites se dá porque é relativamente fácil adicionar conteúdo na versão desktop”. Boa parte dos site disponíveis na web possuem muito mais conteúdos do que os usuários estão interessados, e isso por vezes acaba causando certa sobrecarga cognitiva nas pessoas, dificultando inclusive a tomada de decisão durante a navegação.

Adotar uma abordagem Mobile First não é mais uma questão de pensar no futuro e, sim, de estar antenado com o presente. As informações são do portal Imasters.